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BR 040 – PCMG apura acidente com ambulância que causou a morte de cinco pessoas

A perícia realizada no local constatou que o acidente foi causado pela perda de controle do veículo e seu mau estado de conservação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu nesta segunda-feira (25/3) o inquérito policial que investigou um acidente envolvendo uma ambulância contratada por uma prefeitura, resultando na morte de todos os seus ocupantes, próximo ao município de Santos Dumont, na Zona da Mata.

O acidente ocorreu em 21 de dezembro de 2023, no km 736,9 da rodovia BR-040. Na ocasião, a ambulância, pertencente a uma empresa privada, transportava uma mulher em gestação de risco, acompanhada do esposo, além de uma médica, uma enfermeira e o condutor do veículo. Sob forte chuva, o veículo perdeu o controle, deslizou para a faixa contrária e colidiu lateralmente com um caminhão acoplado a uma carreta, resultando na morte de todos os ocupantes por politraumatismo.

A perícia realizada no local constatou que o acidente foi causado pela perda de controle do veículo e seu mau estado de conservação, em meio ao asfalto molhado pela chuva. A vistoria no veículo revelou condições precárias, inadequadas para circulação. A empresa proprietária da ambulância tinha contrato de prestação de serviços com a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, realizando transporte referente a esse contrato.

Durante a investigação, ficou evidente a negligência do sócio proprietário da empresa, tanto no dia do acidente quanto na execução do contrato com a prefeitura. A empresa não possuía uma oficina profissional para manutenção da frota, e a manutenção era realizada sem notas fiscais, pelo próprio sócio, que também desempenhava funções diversas, incluindo serviços em um hotel fazenda de sua propriedade.

Na véspera do acidente, o veículo foi vistoriado e liberado pelo proprietário, que contratou um motorista freelancer para conduzi-lo no dia do acidente. Outros comportamentos negligentes incluíam a ausência de diretor clínico, a atuação do proprietário como condutor socorrista sem as devidas observâncias legais e a contratação de funcionários freelancers para realizar os serviços.

O inquérito concluiu que a série de negligências contribuiu diretamente para o trágico acidente e a perda de vidas humanas. O sócio proprietário da empresa foi indiciado por múltiplos crimes relacionados à negligência e má gestão, conforme estabelecido pela legislação vigente.

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