O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou, nesta segunda-feira (9), a nomeação da deputada estadual de Minas Gerais, Macaé Evaristo (PT), como nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania. A mineira de São Gonçalo do Pará assume o cargo após a demissão de Silvio Almeida, acusado de assédio sexual. Almeida nega as acusações, que envolvem inclusive a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
O anúncio foi feito por Lula nas redes sociais, destacando que Macaé aceitou o convite durante uma reunião em Brasília. Aos 59 anos, Macaé traz consigo uma sólida trajetória de luta por inclusão e diversidade. Formada em Serviço Social pela PUC Minas e mestre em Educação pela UFMG, foi a primeira mulher negra a comandar as Secretarias de Educação de Belo Horizonte e de Minas Gerais.
A nova ministra possui forte conexão com o PT mineiro e a direção nacional do partido, sendo próxima de figuras como Gleisi Hoffmann, presidente da legenda, e Gleide Andrade, secretária nacional de Finanças e Planejamento do PT. A escolha de Macaé também atende ao desejo de Lula de fortalecer a presença de mulheres negras em seu governo.
Macaé já atuou em cargos de destaque no governo federal. Entre 2013 e 2014, foi secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão no Ministério da Educação, durante o governo Dilma Rousseff. Em sua carreira política, foi eleita vereadora em Belo Horizonte em 2020 e, em 2022, conquistou uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com mais de 50 mil votos.
A nomeação fortalece a presença do PT mineiro no governo, com Macaé sendo a décima mulher no alto escalão do Executivo e a 11ª ministra do partido. Ela assumirá a pasta com a responsabilidade de avançar na agenda de direitos humanos e cidadania, enfrentando desafios sociais e estruturais de grande relevância no Brasil.
