A Grande Belo Horizonte enfrenta uma situação crítica com quase cinco meses de estiagem. A cidade já contabiliza 144 dias consecutivos sem chuva, e os reservatórios que abastecem a região estão 23% abaixo dos níveis do ano passado. No entanto, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) garante que, apesar da redução, não há risco iminente de desabastecimento.
De acordo com Ronaldo Serpa, superintendente da unidade de negócio metropolitano da Copasa, o reservatório de Serra Azul, um dos principais abastecedores, está com mais de 70% da sua capacidade total. Ele destaca que a região metropolitana é suportada por um sistema integrado de produção de água que inclui os sistemas do Paraopeba e do Rio das Velhas.
O sistema do Paraopeba, composto por três lagoas, está com 62% de sua capacidade, enquanto o sistema do Rio das Velhas capta água diretamente do rio. Serpa explicou que a Copasa utiliza essas duas fontes distintas para equilibrar o abastecimento e garantir água para a população.
Apesar de não haver risco de falta de água no curto prazo, Serpa alerta para a importância do uso consciente. “Embora a situação esteja sob controle, é fundamental que a população evite o desperdício. Pequenas ações, como não lavar calçadas e carros com mangueira, podem fazer uma grande diferença”, afirmou.
O especialista ressaltou que a falta de chuva é um fenômeno natural e que os reservatórios, que estavam bem abastecidos nos últimos dois anos, foram projetados para lidar com períodos de seca. No entanto, ele destacou que a gestão cuidadosa da água continua sendo crucial, especialmente em cidades menores que dependem de poços ou captações menores.
A Copasa continuará monitorando a situação e realizando manobras operacionais para garantir o abastecimento adequado, enquanto a população é incentivada a colaborar para a preservação deste recurso vital.
