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Incêndios em nove parques de Minas mobilizam Corpo de Bombeiros e brigadistas

Com 329 focos, Minas passa a ser o estado com mais incêndios ativos no Brasil

Minas Gerais vive uma situação crítica com relação às queimadas, e o número de focos de incêndio no estado atingiu recordes preocupantes nos últimos dias. Na segunda-feira (16), o Corpo de Bombeiros e equipes de brigadistas estão mobilizados para combater incêndios em nove parques e unidades de preservação de diferentes regiões mineiras. Dentre as áreas mais afetadas estão o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, na Zona da Mata, e a Serra do Cipó, na Grande Belo Horizonte, com operações de combate que já duram 15 dias em algumas localidades.

A situação é alarmante, especialmente considerando que Minas Gerais registrou 329 focos de incêndio nas últimas 24 horas, o maior número de queimadas ativas no Brasil, representando 18% de todas as ocorrências no país, segundo o sistema BDQueimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O estado superou outras regiões do país, que também sofrem com a intensificação das queimadas, como o Distrito Federal, onde o Parque Nacional de Brasília foi severamente atingido.

Operação em nove parques e unidades de preservação

Entre as áreas mais críticas, o Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, que já enfrenta chamas há 15 dias, tem equipes dedicadas ao combate no pico do Matipó Grande. O Parque Estadual da Serra do Papagaio também segue com operações de combate no nono dia consecutivo. Na região dos Garcias, o fogo continua ativo, atingindo áreas de campo e mata.

Outro ponto de grande preocupação é o Parque Estadual Ibitipoca, que está em seu quarto dia de operação, com continuidade dos trabalhos nas áreas afetadas sem novos focos detectados. Já o Parque Estadual Serra do Cabral enfrenta incêndios há quatro dias, especialmente na região da Cachoeira do Riachão. As equipes relatam que o fogo ainda é de grande proporção, exigindo esforço constante no combate.

Na Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Santuário do Caraça, a visitação permanece suspensa, e há previsão de reforço nas operações com uso de aeronaves para ampliar o alcance das ações de combate ao incêndio.

Queimadas em Minas e no Brasil

O número elevado de focos de incêndio em Minas Gerais nos últimos dias agravou a situação no estado, que agora lidera o ranking nacional de queimadas. De acordo com o INPE, o Brasil registrou 1.795 focos de incêndio entre domingo (15) e segunda-feira (16), com Minas Gerais respondendo pela maior parte das ocorrências.

A rápida propagação das chamas nas unidades de preservação e áreas florestais é impulsionada por condições climáticas adversas, como a baixa umidade do ar e as altas temperaturas. Essas condições são agravadas pela falta de chuvas significativas na maior parte do estado, além de fatores como a ação humana.

A escalada das queimadas em Minas Gerais e em outras regiões brasileiras, como o Distrito Federal e Mato Grosso, onde também há registros alarmantes de incêndios, coloca em evidência a necessidade de ações mais eficazes de prevenção e controle.

Impactos ambientais e esforços de contenção

Os incêndios em áreas de preservação ambiental, como os parques estaduais e reservas naturais de Minas Gerais, trazem graves consequências para a biodiversidade local, comprometendo a fauna e flora. O fogo destrói habitats e coloca em risco espécies ameaçadas de extinção, além de afetar a qualidade do ar e a saúde das populações próximas às áreas atingidas.

O governo federal tem reforçado os esforços no combate às queimadas. No domingo (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou o Parque Nacional de Brasília, uma das áreas mais afetadas no país, e se reuniu com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para discutir ações de enfrentamento às queimadas. O objetivo é aumentar a coordenação entre estados e o governo federal para garantir uma resposta rápida e eficiente às queimadas, especialmente em áreas de conservação ambiental.

Orientações e alerta para a população

Diante do risco elevado de incêndios, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais orienta a população a redobrar os cuidados, evitando atividades que possam provocar novas queimadas, como a queima de lixo e resíduos em áreas rurais. Além disso, em caso de rajadas de vento, as pessoas devem evitar abrigar-se sob árvores, postes de energia e outdoors, pois há riscos de quedas e descargas elétricas.

A recomendação é que, em situações de emergência, a Defesa Civil seja acionada imediatamente pelo telefone 199 ou o Corpo de Bombeiros pelo número 193.

A situação crítica das queimadas em Minas Gerais exige uma resposta rápida e efetiva, com a colaboração das autoridades, brigadistas e da população para mitigar os danos e proteger as áreas de preservação que são essenciais para o equilíbrio ambiental do estado.


 

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