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Advogado alega chantagem contra González para forçar saída da Venezuela

O opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, que disputou a presidência contra Nicolás Maduro nas eleições de 28 de julho, foi forçado a exilar-se na Espanha após ser vítima de uma “chantagem” do governo venezuelano, afirmou seu advogado, José Vicente Haro, nesta quarta-feira (18). Segundo Haro, González assinou uma carta sob coação, em que reconhecia a reeleição de Maduro, após o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) validar os resultados eleitorais.

Em um vídeo gravado da Espanha, González explicou que só assinou o documento para garantir sua saída segura da Venezuela e buscar asilo político. “Foi uma coação, uma pressão indevida que anula juridicamente o valor do documento”, disse Haro, acrescentando que González enfrentou a escolha entre deixar o país ou ser preso.

González deixou a Venezuela no dia 7 de setembro, e, segundo Haro, ele estava visivelmente abalado e sem condições de tomar decisões livremente. O governo de Maduro divulgou a carta assinada por González, mas o opositor reafirma seu compromisso com a luta pela democracia no país.

A oposição alega que González venceu as eleições com mais de 60% dos votos, mas o TSJ validou a vitória de Maduro, proclamada com 52% dos votos. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) não apresentou as atas detalhadas das votações, justificando-se com um suposto ataque cibernético, o que foi amplamente contestado pela oposição e observadores internacionais.


 

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