Minas Gerais atingiu um marco preocupante em 2024: o maior número de incêndios florestais registrados em uma década. De acordo com o Corpo de Bombeiros, entre janeiro e setembro, foram contabilizadas 24.475 queimadas em áreas de vegetação no estado. O cenário alarmante supera o recorde anterior, de 2021, quando foram registrados 24.336 focos no mesmo período.
A situação é agravada pelas condições climáticas. A seca prolongada e as altas temperaturas contribuem para a rápida propagação das chamas, tornando o estado particularmente vulnerável a incêndios florestais. As autoridades destacam que, além dos fatores climáticos, grande parte dos incêndios é causada por ações humanas, seja por descuido ou atos criminosos.
Em setembro, até o dia 18, já foram contabilizados 4.223 focos de incêndio, e agosto, com 6.102 ocorrências, foi o mês mais crítico do ano. O relevo montanhoso de Minas Gerais, caracterizado por serras e corredores de vento, dificulta ainda mais o trabalho de combate às chamas, realizado por bombeiros, brigadistas e voluntários.
Segundo especialistas, os incêndios florestais causam danos irreparáveis à biodiversidade e ao ecossistema, além de afetar diretamente a saúde da população com o aumento de poluentes no ar.
O Governo de Minas Gerais foi procurado para fornecer informações sobre as ações de prevenção e combate às queimadas, mas ainda não respondeu até o fechamento desta matéria. Autoridades pedem à população que evite qualquer atividade que possa provocar incêndios, como o uso de fogo para limpeza de terrenos e descartes inadequados de materiais inflamáveis.
Minas Gerais segue em alerta, com esforços redobrados para conter o avanço das queimadas, que já se tornaram um dos maiores desafios ambientais do estado.