Devido à escassez de farinha de trigo, o ditadura cubana anunciou uma diminuição de 25% no peso do pão da cesta básica, passando de 80 gramas para 60 gramas, com o preço fixado em 75 centavos de peso cubano. Essa decisão, atribuída ao embargo comercial imposto pelos Estados Unidos, reflete a crise alimentar que o país enfrenta.
Apesar da redução de preço, muitos cubanos, cuja renda média é de 4,5 mil pesos por mês, continuam enfrentando dificuldades para adquirir o pão, um dos poucos produtos subsidiados disponíveis. Uma moradora de Havana expressou sua frustração à Reuters, afirmando que a população não tem outra opção senão aceitar a situação.
O Ministério da Indústria Alimentar (Minal) destacou que a ilha precisa de cerca de 700 toneladas de farinha diariamente para manter a produção de pão, totalizando cerca de 21 mil toneladas mensais, a maior parte importada. Anayra Cabrera Martínez, diretora-geral do Minal, garantiu que a medida é temporária e visa evitar interrupções na produção, como as que ocorreram em meses anteriores.
A situação em Cuba é crítica, com severa escassez de alimentos, combustíveis e medicamentos, resultando em uma migração em massa para os Estados Unidos. Historicamente, o sistema de racionamento, simbolizado pela “libreta”, oferecia itens essenciais com subsídios, mas atualmente, a distribuição é irregular e frequentemente insatisfatória. O governo cubano, inclusive, já solicitou auxílio ao Programa Mundial de Alimentos para garantir suprimentos básicos, como leite em pó para crianças.
