Entre os dias 17 e 18 de setembro, um ataque coordenado contra o Hezbollah deixou 25 mortos e mais de 600 feridos no Líbano. A suspeita é que duas divisões secretas israelenses, a Mossad e a Unidade 8200, tenham planejado a operação.
De acordo com a Reuters, os israelenses sabotaram pagers e walkie-talkies encomendados pelo Hezbollah, que havia suspendido o uso de celulares para evitar o rastreamento por parte de Israel. A operação consistiu na instalação de explosivos em cerca de 5 mil equipamentos importados pelo grupo libanês, utilizando explosivos leves e indetectáveis que podiam ser detonados remotamente.
Os pagers tocaram segundos antes das explosões, enganando os usuários e levando-os a manuseá-los. A Unidade 8200, conhecida por suas habilidades em guerra cibernética e inteligência, é apontada como a responsável pelo planejamento da operação, que se estendeu por mais de um ano. A Mossad, agência de espionagem israelense, foi encarregada de implantar os explosivos.
Em resposta ao ataque, o Hezbollah anunciou que retaliará Israel. Em comunicado, o grupo afirmou que “a resistência continuará suas operações para apoiar Gaza e seu povo, o que resultará em severas consequências para o inimigo criminoso [Israel] em resposta ao massacre”.
O ataque marca uma escalada nas tensões na região e ressalta a complexidade das operações de inteligência e contrainteligência no cenário atual. A situação permanece tensa, com implicações potencialmente graves para a estabilidade no Líbano e em Israel.