A candidata à prefeitura de Belo Horizonte pelo Partido da Causa Operária (PCO), Lourdes Francisco, interrompeu sua campanha devido à falta de recursos provenientes do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). Ela declarou que o partido está impossibilitado de continuar as atividades de campanha sem esse financiamento, alegando que não tem condições de ir às ruas. Além disso, o PCO está enfrentando dificuldades financeiras, tendo suas redes desmonetizadas.
Segundo o PCO, o problema está relacionado à prestação de contas partidária. A Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (Asepa) indicou que o partido não apresentou todas as provas materiais exigidas, o que impede a liberação dos recursos. O PCO afirma que o caso já foi julgado improcedente, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não liberou o fundo.
O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, alegou que o partido está sendo alvo de censura e perseguição, citando a demora no julgamento como um fator que impede a participação justa nas eleições. Ele também mencionou um processo de cassação movido pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, e pela Confederação Israelita do Brasil (CONIB), que acusa o partido de antissemitismo.
A legislação eleitoral exige que todos os partidos prestem contas à Justiça Eleitoral. Em casos de irregularidades, como a não prestação de contas, os partidos podem ser punidos com a suspensão do recebimento de recursos do fundo eleitoral.