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Juíza que decretou prisão de Gusttavo Lima já foi alvo de denúncia por manipulação de processos

A juíza Andrea Calado da Cruz, que decretou a prisão do cantor sertanejo Gusttavo Lima nesta segunda-feira (23), já enfrentou uma representação formal por supostas irregularidades no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). A denúncia foi feita pela Subseccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Vitória de Santo Antão, em 2014, sob a acusação de manipulação na distribuição de processos sem a devida autorização legal.

Na época, a representação da OAB denunciava que a magistrada teria determinado a distribuição de processos entre as varas da comarca de forma impositiva, em vez do sorteio usual. O então presidente da OAB em Vitória de Santo Antão, Washington Luís Macêdo de Amorim, afirmou que a juíza teria coagido uma funcionária do judiciário a proceder de maneira irregular, contrariando orientações do juiz diretor do foro. Além disso, a magistrada foi acusada de determinar a emissão de uma certidão falsa para justificar falhas no sistema de distribuição de inquéritos.

Em resposta às acusações, Andrea Calado negou as alegações e defendeu sua atuação ao longo de mais de duas décadas de magistratura, afirmando que suas decisões sempre foram pautadas pela independência judicial, ainda que desagradassem aqueles que violam a lei.

Prisão de Gusttavo Lima no Âmbito da Operação Integration

O cantor Gusttavo Lima teve sua prisão preventiva decretada no contexto da Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo cassinos online e o jogo do bicho. A operação já havia resultado na prisão da influenciadora e advogada Deolane Bezerra no início de setembro. Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações apontam uma movimentação financeira de mais de R$ 3 bilhões, com suspeitas de que o cantor tenha auxiliado investigados a fugirem do país.

A decisão da juíza Andrea Calado da Cruz resultou no bloqueio de todos os imóveis do cantor, incluindo uma mansão de luxo avaliada em R$ 50 milhões, além de suspender seu passaporte e certificado de registro de arma de fogo. O bloqueio visa assegurar o pagamento de multas e a reparação de danos, caso haja condenação.

Gusttavo Lima Teria Deixado o Brasil Antes da Prisão

Horas antes de sua prisão ser decretada, Gusttavo Lima teria deixado o Brasil. De acordo com informações divulgadas pelo colunista Léo Dias, o cantor estaria em Miami. As autoridades federais e estaduais estão investigando o paradeiro exato do artista, que saiu do país através de um aeroporto de São Paulo. Em conversas telefônicas, Gusttavo Lima afirmou não ter cometido nenhuma irregularidade e que confia na revogação da ordem judicial.

Defesa do Cantor Classifica a Prisão como “Injusta”

Em nota divulgada na tarde de segunda-feira (23), os advogados de Gusttavo Lima criticaram a decisão judicial, afirmando que ela é “injusta” e “sem fundamentos”. A defesa destacou que as medidas legais cabíveis já estão sendo tomadas e que o cantor jamais compactuaria com práticas ilegais.

Os advogados também ressaltaram que a inocência de Gusttavo Lima será comprovada e que o processo tramita sob segredo de justiça. Além disso, alertaram que qualquer violação desse segredo será tratada com a devida responsabilização legal.

A Operação Integration segue em andamento, investigando a possível participação do cantor em crimes relacionados à lavagem de dinheiro e atividades ilegais ligadas a apostas.


 

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