Em resposta à nota divulgada pelo Itamaraty, o Ministério do Poder Popular para as Relações Exteriores da República Bolivariana da Venezuela lançou críticas irônicas, descrevendo-a como “cinzenta e intervencionista”. Além disso, sugeriu que o comunicado brasileiro “parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”, insinuando uma influência externa nos posicionamentos do Brasil.
O comunicado venezuelano destacou que o governo mantém uma postura diplomática fiel aos princípios de não interferência nos assuntos internos de outros países, enquanto expressava agradecimento pelas manifestações de solidariedade do ex-presidente brasileiro Lula da Silva contra as sanções impostas pelos EUA à Venezuela.
Embora tenha sido crítico em relação à nota do Itamaraty, o governo venezuelano elogiou as declarações de Lula da Silva. Entretanto, o impasse sobre o registro de candidatura da oposição venezuelana persiste, com a coalizão liderada por Maria Corina Machado sendo impedida de participar do processo eleitoral, em um episódio que levanta questões sobre a transparência e a legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.
