Um levantamento do Senado Federal revelou que um em cada quatro mineiros (25%) foi vítima de golpes digitais nos últimos 12 meses, superando a média nacional de 24%. O estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa DataSenado em parceria com a Nexus, destaca a crescente preocupação com crimes como clonagem de cartões, fraudes na internet e invasões de contas bancárias.
Os dados mostram que, independentemente de faixa de renda, idade ou religião, qualquer pessoa pode ser alvo de fraudes digitais. A pesquisa identificou que 51% das pessoas que recebem até dois salários mínimos relataram ter sido vítimas, refletindo a diversidade das vítimas em diferentes estratos sociais.
Durante a pandemia, os crimes de estelionato, que incluem fraudes digitais, ultrapassaram os registros de roubos, aumentando 8,2% em 2023. A pesquisa entrevistou 21.808 brasileiros entre 5 e 28 de junho, apresentando uma margem de erro de 1,22 ponto percentual.
Os golpistas utilizam a engenharia social para manipular as vítimas, convencendo-as a fornecer informações pessoais. Um exemplo comum é o “golpe do motoboy”, em que criminosos afirmam que o cartão da vítima foi clonado, levando-a a entregar dados sensíveis.
O especialista em TI, Rafael Franco, ressalta a importância de proteger informações pessoais, alertando que dados frequentemente vazados são vendidos na deep web. Recentemente, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou um vazamento de dados que poderia ter alimentado fraudes.
A jornalista Maria Fernanda, de 23 anos, teve seu cartão clonado, somando mais de R$ 3 mil em prejuízos. Ela destaca que passou a usar cartões virtuais após o incidente. Para se proteger, Franco recomenda baixar aplicativos bancários apenas de lojas oficiais e evitar clicar em links suspeitos.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) orienta que vítimas notifiquem imediatamente seus bancos para medidas de segurança adicionais, afirmando que os bancos investirão R$ 48 bilhões em segurança da informação.
