A denúncia de fraude nas eleições presidenciais na Venezuela, envolvendo Nicolás Maduro, ganhou novo impulso com a entrega de atas eleitorais ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA). Esses documentos, fornecidos pelo Centro Carter, uma organização americana que monitorou o processo eleitoral a convite do regime de Maduro, indicam que o candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, venceu a eleição com 67% dos votos, enquanto Maduro teria obtido apenas 31%.
O Brasil, a Colômbia e o México haviam solicitado, sem sucesso, que a justiça eleitoral venezuelana apresentasse as provas que sustentariam a vitória de Maduro com 51% dos votos. A resistência em divulgar as atas eleitorais reforçou as suspeitas de manipulação do resultado.
O Centro Carter já havia lançado um relatório afirmando que o processo eleitoral não foi democrático, e as atas apresentadas corroboram essa análise. A fraude teria ocorrido não durante a votação, mas na divulgação dos resultados, que favoreceram Maduro de maneira indevida. As atas, que são documentos oficiais das mesas eleitorais, foram entregues ao Conselho da OEA e confirmam a vitória do opositor.
Esse desenvolvimento coloca o Brasil, sob a liderança de Lula, em uma posição delicada, uma vez que o presidente tem evitado denunciar Maduro diretamente. Com a crescente pressão internacional, incluindo o reconhecimento do Parlamento Europeu à vitória da oposição, a comunidade internacional aguarda os próximos passos das nações latino-americanas, especialmente do Brasil, frente a essa evidência de fraude.
