O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (8) a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC), com 66 votos a favor e cinco contrários. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Galípolo assumirá o cargo em janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto, cujo mandato termina no dia 31 de dezembro de 2024.
A aprovação de Galípolo no Senado já era esperada, visto que rejeições a indicações para o comando da autoridade monetária são raras. Antes da votação no plenário, o economista foi sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos, onde também teve seu nome aprovado por unanimidade.
Gabriel Galípolo, que atualmente ocupa o cargo de diretor de Política Monetária no BC, terá um mandato de quatro anos à frente da instituição. Sua nomeação gerou grande expectativa no mercado financeiro, especialmente por conta de suas declarações que indicam uma possível nova fase de ajustes na taxa de juros.
Política monetária sob Galípolo
Durante o processo de sabatina, Galípolo foi questionado sobre suas intenções quanto à condução da política monetária. Em declarações anteriores, ele destacou que o Banco Central está preparado para tomar medidas firmes, incluindo um possível aumento na taxa Selic, caso necessário para controlar a inflação. A Selic, atualmente em 10,75% ao ano, já passou por um ajuste recente em setembro, e o futuro presidente do BC sinalizou que novos aumentos não estão descartados.
Sua atuação será monitorada de perto, especialmente diante das tensões entre o governo federal e a instituição autônoma, que nos últimos anos esteve sob a liderança de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A gestão de Galípolo será crucial para definir os rumos da economia brasileira nos próximos anos, sobretudo no equilíbrio entre controle inflacionário e estímulo ao crescimento econômico.
