María Corina Machado, líder da oposição venezuelana e inelegível para a eleição presidencial de 28 de julho, está pedindo aos líderes dos países democráticos que pressionem o regime de Nicolás Maduro para mudar o sistema eleitoral do país, que está sob suspeita de manipulação. Ela reivindica que sua substituta na chapa, Corina Yoris, tenha sua candidatura aceita.
Além disso, Machado expressou gratidão aos líderes internacionais pelo apoio recebido nas últimas semanas, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que, apesar de estar ideologicamente alinhado a Maduro, recentemente criticou o processo eleitoral.
Corina Machado, 56 anos, que mesmo inabilitada venceu com folga as primárias da oposição, designou Corina Yoris, 80 anos, como sua substituta no pleito. No entanto, Yoris não conseguiu registrar sua candidatura por razões ainda não esclarecidas pelas autoridades eleitorais. Como resultado, a oposição acabou inscrevendo provisoriamente o embaixador Edmundo González Urrutia.
Machado apelou aos líderes democráticos do mundo para que se unam aos esforços de presidentes e governos em exigir do regime de Maduro que permita a inscrição de Corina Yoris como candidata nas próximas eleições presidenciais.
Em relação à declaração de Lula, que chamou a situação de grave, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro afirmou que está acompanhando o processo eleitoral na Venezuela com “expectativa e preocupação” e destacou que o impedimento à candidatura de Corina Yoris ainda não foi oficialmente explicado.
O chanceler venezuelano Yvan Gil repudiou o comunicado do Ministério das Relações Exteriores brasileiro, classificando-o como “intervencionista” e criticando-o por conter “comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.
