O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um desafio crescente na opinião pública, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Quaest e divulgada nesta quinta-feira (11). O estudo abrangeu quatro estados: São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Paraná, revelando que a avaliação negativa do presidente supera a positiva em todas essas regiões.
Em São Paulo, foram ouvidas 1.656 pessoas entre os dias 4 e 7 de abril, onde 37% avaliaram negativamente o governo de Lula, em contraste com 23% de avaliação positiva e 29% de avaliação regular, com uma margem de erro de 2,4 pontos percentuais.
Em Minas Gerais, a pesquisa envolveu 1.506 entrevistados, mostrando uma avaliação negativa de 35%, contra 34% de avaliação positiva e 30% de avaliação regular, indicando um empate técnico dentro da margem de erro de 2,5%.
No Paraná, a situação é ainda mais desfavorável, com 41% de avaliação negativa, 30% de avaliação positiva e 27% de avaliação regular, baseado em entrevistas com 1.121 pessoas e uma margem de erro de 2,9 pontos percentuais.
Em Goiás, a pesquisa com 1.127 pessoas revelou que 40% avaliaram negativamente o governo de Lula, enquanto 32% tiveram avaliação positiva e 27% avaliaram como regular, dentro de uma margem de erro de 2,9%.
No contexto de aprovação, a situação é menos desfavorável para Lula, especialmente em São Paulo, onde a aprovação é de 50%, contra 48% de desaprovação e 2% que não souberam responder. Em Minas Gerais, a aprovação sobe para 52%, com 47% de desaprovação. No Paraná, 54% desaprovam o governo de Lula, enquanto 44% aprovam. Já em Goiás, a desaprovação é de 50%, contra 49% de aprovação.
Felipe Nunes, diretor do Instituto Quaest, observa que Lula tem conseguido ampliar a aprovação de seu governo para além dos votos obtidos em 2022, mesmo nos estados onde não venceu a eleição. No entanto, destaca-se uma percepção generalizada de piora na situação econômica nos quatro estados pesquisados.
O cenário político nacional e a atuação do governo também foram observados pelo site O Antagonista/Crusoé, que ressaltou a tentativa de Lula em repetir estratégias do passado, porém em um contexto político e social transformado, marcado pela memória da Operação Lava Jato e mudanças significativas no panorama nacional.
