A Polícia Penal de Minas Gerais realizou a apreensão de aproximadamente 19 mil micropontos da droga sintética conhecida como K, com indivíduos que tentavam entrar em presídios do estado desde janeiro de 2023. Essa medida ocorre em meio a uma série de incidentes graves associados ao uso dessa substância dentro das prisões.
Nos últimos dez dias, sete detentos do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte, faleceram, levantando suspeitas de overdose de droga K. Além disso, outras seis mortes ocorreram entre dezembro de 2023 e março deste ano no Presídio Antônio Dutra Ladeira, na mesma cidade.
A droga K, uma substância sintética de alto potencial destrutivo, é fabricada em laboratórios clandestinos. Segundo autoridades da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), não foram encontradas lesões aparentes nos presos que faleceram, indicando a possibilidade de overdose.
O secretário Rogério Greco mencionou os desafios enfrentados para detectar a droga, destacando que ela pode estar camuflada em diversos objetos do cotidiano, como papéis, chinelos ou cigarros. A falta de odor dessa substância torna ainda mais difícil sua identificação sem análise química laboratorial.
Especialistas alertam que as drogas K, baseadas em canabinoides sintéticos, são altamente viciantes e apresentam riscos graves para a saúde, incluindo aumento da frequência cardíaca, ataques de raiva, alucinações, insuficiência renal e até mesmo morte.
