O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, entrou em conflito com os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes durante julgamentos recentes, colocando em xeque sua capacidade de articulação como chefe da corte.
Barroso obteve vitórias sobre Moraes em decisões relacionadas à revisão da vida toda no cálculo de aposentadorias e sobras eleitorais que poderiam resultar na troca de sete deputados na Câmara dos Deputados.
Por outro lado, Gilmar ficou irritado com Barroso por este ter interrompido a análise da ampliação do foro especial no STF, o que era uma tese defendida pelo decano. O presidente do STF paralisou o julgamento ao pedir vista quando já havia quatro votos a favor da mudança. Agora, o caso está parado por pedido de André Mendonça.
O clima entre Barroso e Moraes também ficou tenso no plenário durante um diálogo ríspido sobre sobras eleitorais, e a situação se agravou nos bastidores.
Segundo relatos, Moraes teria ficado ainda mais irritado com Barroso por este ter articulado nos bastidores uma mudança na posição do ministro Luiz Fux, que foi decisiva para o resultado de um julgamento.
Estes atritos entre os ministros mais influentes do STF estão sendo observados com preocupação, uma vez que Moraes e Gilmar são figuras-chave na corte e em suas relações com outros poderes.
Barroso, por sua vez, afirmou que divergências são normais em um colegiado e que sua relação com todos os ministros é de harmonia e afeto.
