A confiança dos investidores e consumidores brasileiros vem enfrentando um declínio acentuado, refletido pelo recuo de cinco posições do Brasil no ranking global de confiança econômica. Dados recentes revelam uma série de desafios enfrentados pela economia nacional, desde questões geopolíticas envolvendo Israel e Palestina até impactos diretos nos mercados financeiros, como os cinco pregões negativos na Bolsa de Valores de São Paulo até o dia 16 de abril.
O dólar também continua sua escalada, acumulando uma alta de mais de 8% em relação ao real desde o início do ano, atingindo o valor mais alto em 13 meses em abril, cotado a R$ 5,20. Além disso, os consumidores brasileiros têm sentido o peso do aumento nos preços dos medicamentos, que subiram 4,5% no início deste mês.
Enquanto isso, nossos vizinhos argentinos demonstram um renovado otimismo econômico após a eleição de Javier Milei, com seu índice de confiança subindo para 44,5 pontos em abril, refletindo melhorias em indicadores cruciais como a inflação, que caiu para 11% em março.
Segundo especialistas como Calliari, o índice de confiança no Brasil continua acima da linha de neutralidade de 50 pontos, mas registra sua terceira queda consecutiva, com exceção de uma leve recuperação em fevereiro. A queda de 3,5 pontos em março foi uma das mais acentuadas entre os países analisados.
Enquanto isso, na Índia, a confiança teve a maior queda, com 5,2 pontos a menos, embora o país permaneça no topo do ranking com 67 pontos. Outros países como Indonésia (65,1), México (59,8), Tailândia (57,6) e Holanda (54,8) também mantêm posições relativamente estáveis.
Nos Estados Unidos, em ano de eleição presidencial, o índice de confiança permanece estável, refletindo duas pequenas altas consecutivas em março e abril. Esse cenário de estabilidade é considerado favorável para o governo Biden, mantendo o país com 53,4 pontos, indicando um clima de otimismo no consumo.
Esses indicadores revelam um panorama desafiador para a economia brasileira, exigindo medidas e políticas que possam recuperar a confiança dos investidores e consumidores e impulsionar o crescimento econômico nos próximos meses.
