Uma jovem de 26 anos, Marianne Silva Torres, faleceu na noite da última terça-feira (23) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, em Belo Horizonte, após uma série de acontecimentos que levantaram acusações de negligência médica por parte da família.
Segundo relatos da família registrados em boletim de ocorrência, Marianne deu entrada na UPA com dores no peito e dificuldade para caminhar, mas foi classificada com pulseira verde (sem urgência) pela triagem. Após aguardar cerca de cinco horas, a jovem sofreu uma parada cardiorrespiratória e veio a falecer.
O namorado da vítima, ao chegar à UPA horas depois, testemunhou Marianne deitada no chão, relatando intensas dores e pedindo ajuda. A jovem foi diagnosticada com crise de ansiedade e medicada, porém continuava a se queixar de dor. O namorado tentou procurar ajuda novamente, sem sucesso, até que Marianne teve um mal súbito e não resistiu.
O médico responsável pelo plantão relatou que Marianne deu entrada às 13h na UPA, apresentando dores no tórax e nas pernas. Após desmaiar na sala de observação, a paciente foi transferida para a emergência, onde foram realizadas manobras de ressuscitação por mais de uma hora, sem sucesso.
As testemunhas presentes na UPA afirmaram à polícia que Marianne não recebeu o devido atendimento, considerando o estado agonizante em que se encontrava. Algumas testemunhas registraram a situação em vídeo.
A Polícia Civil informou que o corpo de Marianne foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal para exames. As autoridades continuam investigando as causas e circunstâncias da morte.
A Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o ocorrido e afirmou que a paciente recebeu toda assistência enquanto esteve na unidade. A Secretaria Municipal de Saúde se colocou à disposição para prestar esclarecimentos adicionais sobre o caso.
