Desde a última quarta-feira (3), a cotação do café robusta no indicador CEPEA/ESALQ tem quebrado recordes reais, alcançando valores sem precedentes.
O ápice de toda a série histórica para essa variedade, registrada desde novembro de 2001, foi alcançado na última quinta-feira (4), com a cotação atingindo R$ 1037,42 por saca de 60 kg.
Especialistas do Cepea destacam que o aumento do preço do café brasileiro está diretamente ligado a questões internacionais relacionadas à oferta. Os baixos estoques e as condições climáticas desfavoráveis no Vietnã, o maior produtor mundial de café robusta, juntamente com as dificuldades de escoamento do grão para a Europa devido à guerra Rússia-Ucrânia, que afeta o Mar Vermelho, são alguns dos fatores que impulsionam a demanda internacional pelo café brasileiro.
É importante ressaltar que, neste momento, o Brasil está em entressafra, resultando em estoques reduzidos. Isso, aliado à alta demanda e à baixa oferta, contribui para impulsionar as cotações.
Os agentes do mercado estão ansiosos pelo início do ciclo 2024/25 do café. Até o momento, a colheita começou apenas em algumas poucas regiões de Rondônia, e os trabalhos devem iniciar até a próxima semana no Espírito Santo.
Além do robusta, o café arábica também registra alta no indicador do Cepea. A média parcial do mês de abril é de R$ 1111,77 por saca de 60 kg, um valor 9,6% maior que a média mensal de março, que foi de R$ 1013,92.
