A Força Aérea Brasileira (FAB) enfrenta desafios logísticos na distribuição das doações para as regiões mais atingidas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Até o momento, apenas 80 toneladas das 1,5 mil toneladas de itens coletados foram entregues, o que representa cerca de 5% do total.
A limitação de espaço para armazenamento na Base Aérea de Canoas é apontada como um dos principais obstáculos pela FAB. Além disso, os altos níveis de água em Porto Alegre e arredores dificultam o transporte e a distribuição dos recursos nas áreas afetadas.
A campanha “Todos Unidos pelo Sul” estabeleceu centros de coleta principais no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília para centralizar e organizar as doações. As bases aéreas de Galeão, Brasília e São Paulo recebem doações diretamente, das 8h às 18h, sem necessidade de agendamento prévio.
Em Brasília, por exemplo, dois hangares estão cheios de doações, incluindo roupas, água, alimentos não perecíveis e outros itens. A entrega é feita conforme a urgência e as necessidades das áreas afetadas.
A FAB colabora com outras Forças Armadas e agências de segurança estaduais no resgate de vítimas e distribuição de doações. Até o momento, 17 aeronaves estão em operação, mobilizando mais de mil militares e resgatando quase duas mil pessoas e 210 animais.
Além disso, a FAB está coordenando com o Ministério de Portos e Aeroportos para retomar os voos comerciais no Estado, com foco inicial em Canoas. As operações foram divididas em três fases, com a expectativa de retomada dos voos de passageiros na próxima semana.
