O governo de Minas Gerais está avaliando a possibilidade de aumentar a proposta de reajuste geral dos servidores civis e militares de 3,62% para 4,62%, correspondente à inflação de 2023 pelo IPCA. A proposta inicial foi criticada pelos servidores por não atender ao mínimo da inflação.
Nesta segunda-feira (27), foram apresentadas 53 emendas ao projeto de lei, o que concede mais tempo para os deputados negociarem com o governo antes da votação em primeiro turno. Deputados da base solicitaram ao governo que considerasse um aumento na proposta original, e este indicou estar disposto a estudar um reajuste de 4,62%.
Se houver alguma alteração no texto original, o governo enviará um substitutivo para votação na Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, que se reunirá nesta terça-feira (28) para votar as emendas. A votação em primeiro turno no plenário está prevista para quarta-feira (29).
Uma emenda apresentada autoriza um reajuste de 10,67% para os servidores, representando a soma dos índices de inflação de 2022 e 2023. Apesar disso, um aumento de apenas um ponto percentual na proposta original não garante o fim das manifestações e paralisações dos servidores, especialmente os da segurança pública, que alegam defasagem salarial.
O Sindipol marcou uma manifestação para quarta-feira (29), quando o projeto deve ser votado em primeiro turno. A Associação das Praças do Estado de Minas Gerais também indicou a possibilidade de greve, dependendo do percentual de reajuste apresentado pelo governo.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), afirmou que o projeto tramitará com “tranquilidade e responsabilidade”, destacando que os deputados têm negociado com o governo. Devido ao feriado de Corpus Christi, a votação em segundo turno do projeto, se aprovado em primeiro turno nesta quarta-feira, será adiada para a próxima semana.
