Com 88,2% dos casos confirmados no mundo, o país enfrenta uma crise alarmante de saúde pública, com 3 milhões de casos registrados até abril deste ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Além disso, o Brasil também é responsável por 77% das mortes confirmadas mundialmente pela doença no mesmo período.
O aumento significativo de casos foi observado especialmente nas Américas, onde a dengue é o arbovírus mais prevalente, com o número de casos ultrapassando os 7 milhões no final de abril de 2024.
A região enfrenta pandemias cíclicas a cada 3 a 5 anos, destacando a necessidade urgente de uma vigilância robusta em tempo real para controlar a transmissão.
Após o Brasil, países como Argentina, Paraguai e Peru seguem na lista dos mais afetados pela doença, com todos os quatro sorotipos de dengue detectados na região. A circulação simultânea desses sorotipos em seis países indica a complexidade da situação e a urgência de medidas preventivas eficazes.
A OMS enfatiza a importância de diagnósticos precisos, visto que outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, como chikungunya e zika, compartilham características clínicas semelhantes. Essa confusão nos dados de vigilância pode levar a subnotificação ou superestimação dos casos de dengue, comprometendo o controle da doença.
A transmissão do vírus da dengue ocorre principalmente através da picada de mosquitos infectados, comumente encontrados em áreas urbanas e semiurbanas de climas tropicais e subtropicais. O controle eficaz desses vetores é crucial para mitigar a propagação da doença, que continua representando uma ameaça global à saúde pública, conforme alerta a OMS.