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Homem que tentou matar fisiculturista vai para prisão domiciliar em BH

Weldrin Lopes de Alcântara, de 44 anos, fisiculturista condenado por tentativa de feminicídio contra a ex-namorada Ellen Cristina Otoni Campos, de 37 anos, foi transferido para prisão domiciliar menos de três meses após seu julgamento. A decisão foi tomada no dia 9 de abril pela juíza Bárbara Isadora Santos Sebe Nardy, de Ribeirão das Neves, utilizando uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) como base.

A juíza argumentou que a Penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, não possui condições adequadas para abrigar os detentos. Com capacidade para 1.070 presos, o local atualmente acomoda cerca de 1.400 detentos e enfrenta uma defasagem de quase 50% no quadro de funcionários, além de estar com um pavilhão em obras. A magistrada citou valores constitucionais e diretrizes do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária para fundamentar sua decisão.

Weldrin Lopes deve cumprir prisão domiciliar, permanecendo em casa das 20h às 6h nos dias úteis e durante todo o fim de semana, exceto por motivos de trabalho, estudo ou atividades religiosas previamente informadas. Ele também está proibido de se mudar sem notificar a Justiça, frequentar locais que possam influenciar negativamente seu ânimo, e de se aproximar de Ellen.

Até abril, Weldrin utilizou tornozeleira eletrônica, mas a decisão autorizou a remoção do equipamento no fim do mês. Desde então, ele é obrigado a comparecer mensalmente ao Fórum de Ribeirão das Neves.

Relembre o Caso

Ellen Cristina Otoni Campos foi baleada dentro de seu apartamento no Bairro Liberdade, na região da Pampulha, na noite de 23 de fevereiro de 2023. Weldrin Lopes, então companheiro da vítima, é o principal suspeito. Após uma discussão, vizinhos ouviram disparos e pedidos de socorro. Ellen foi encontrada no chão com pelo menos quatro ferimentos a bala. Weldrin fugiu, mas se entregou à polícia quatro dias depois, alegando não suportar a pressão.

A defesa de Weldrin argumentou que ele agiu em legítima defesa, alegação descartada pela Polícia Civil. A delegada Cristiane Moreira afirmou que os vídeos apresentados pela defesa, onde Ellen supostamente ameaçava Weldrin, não foram gravados no dia da tentativa de homicídio.

O caso continua a ser acompanhado pela Justiça, com Weldrin Lopes de Alcântara cumprindo sua pena em prisão domiciliar enquanto as investigações prosseguem.


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