O anúncio do governo federal para evitar demissões no Rio Grande do Sul desapontou tanto o governo gaúcho quanto entidades empresariais e centrais sindicais. A medida provisória, que estabelece um auxílio financeiro de duas parcelas do salário mínimo para trabalhadores formais afetados pelas enchentes, recebeu críticas por não atender às expectativas e necessidades da população.
De acordo com o presidente da CTB-RS, Guiomar Vidor, embora a medida seja um alívio para trabalhadores e empresas em dificuldade, ela é considerada insuficiente. O valor proposto, de duas parcelas de R$ 1.412,00 cada, está abaixo da realidade salarial do estado, segundo Vidor. Ele defende uma complementação por parte do governo gaúcho para alcançar pelo menos R$ 2 mil, além da extensão do auxílio por mais três meses.
Rodrigo Souza Costa, presidente da Federasul, foi ainda mais incisivo em suas críticas, classificando o anúncio como vergonhoso e mesquinho. Ele destacou a discrepância entre a ajuda oferecida pelo Brasil a outros países em dificuldades e a resposta recebida pelo Rio Grande do Sul em seu momento mais difícil.
O governador Eduardo Leite adotou uma postura mais cautelosa em relação ao anúncio, destacando que a avaliação da eficácia do programa dependerá de sua operacionalização. Ele também ressaltou a importância de expandir o auxílio para outras empresas afetadas indiretamente pelas enchentes.
Diante do cenário desafiador, autoridades e entidades gaúchas reiteraram sua disposição em colaborar com o governo federal para encontrar soluções que atendam às necessidades da população do estado.