O Partido dos Trabalhadores (PT) está em processo de seleção para escolher seus candidatos próprios nas capitais, com o objetivo de consolidar sua presença nas grandes cidades e garantir uma distribuição eficaz dos recursos do fundo eleitoral. Atualmente, há 15 pré-candidatos nas capitais, número superior ao inicialmente planejado, o que levanta preocupações sobre a divisão dos recursos.
A estratégia do partido é reduzir essa lista para garantir uma campanha mais focada e competitiva. O senador Humberto Costa, coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT, destaca que, em anos anteriores, o partido apresentou muitos candidatos para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas agora a intenção é buscar a vitória nas eleições municipais.
O PT espera receber uma cota de cerca de R$ 600 milhões do fundo eleitoral, cujo valor ainda não foi definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A distribuição desses recursos será debatida em uma reunião da Executiva Nacional do partido, visando também garantir apoio financeiro para campanhas de vereadores em locais onde o PT não terá candidatura própria, como São Paulo, onde apoiará Guilherme Boulos (PSOL), com Marta Suplicy (PT) como vice.
Além disso, o PT busca vice em outras cidades importantes, como Rio de Janeiro e Recife, onde apoia as reeleições de Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB), respectivamente. Essas alianças podem também influenciar futuras candidaturas a governador em 2026.
O partido está atento à competitividade de seus pré-candidatos, destacando nomes como Evandro Leitão em Fortaleza e Fabio Novo em Teresina, ambos com apoio de governadores locais. A estratégia visa consolidar a presença do PT em importantes prefeituras e fortalecer sua posição política em todo o país.
