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Família de agiotas é presa em Minas Gerais por ameaças e juros abusivos de 60%

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, na manhã desta terça-feira (11/6), três membros de uma família envolvidos em uma quadrilha de agiotas em Juiz de Fora. A “Operação Gênesis 3:19” resultou na prisão de um homem de 54 anos, sua filha de 28 anos, e o marido dela, de 31 anos. Outro irmão, também de 31 anos, foi conduzido para depoimento, mas foi liberado posteriormente.

Durante a operação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, além do sequestro de cinco veículos e o bloqueio de várias contas bancárias. As investigações conduzidas pelos delegados Márcio Rocha e Marcos Vignolo revelaram que a quadrilha movimentou cerca de 2 milhões de reais de forma suspeita desde 2020, especialmente no bairro São Geraldo.

Agiotagem com Juros Abusivos e Ameaças

A quadrilha impunha juros de até 60%, tornando as dívidas praticamente impagáveis. As vítimas, constantemente ameaçadas, temiam denunciar os criminosos. Em um dos áudios captados durante a investigação, a mulher de 28 anos fazia uma grave ameaça: “Dia 10 você vai tá morta. Se eu não te encontrar até lá, pode ser que você me mande o pix, mas eu te encontrando antes você vai tá. Aí não vai ter como você me enviar o pix, beleza?”

Operação e Apreensões

Além das prisões, a operação resultou na apreensão de dinheiro, uma arma de fogo, munições, e documentos de contabilidade que evidenciam o esquema de agiotagem. Também foram encontrados documentos e cartões de banco de possíveis vítimas. O delegado Marcos Vignolo destacou que o patrimônio bloqueado, incluindo veículos, imóveis e contas, atinge cerca de 10 milhões de reais.

As investigações continuam para rastrear a origem do dinheiro utilizado nos empréstimos. O irmão de 31 anos segue sendo investigado até que seu envolvimento seja esclarecido. Os outros três suspeitos foram autuados por agiotagem, extorsão, lavagem de dinheiro e associação criminosa e foram encaminhados ao sistema prisional.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) continua investigando o caso para identificar todas as vítimas e aprofundar a origem dos recursos utilizados pela quadrilha.


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