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Eleições 2024: Esquerda de Belo Horizonte completa 36 anos sem união no primeiro turno

A esquerda enfrenta mais uma vez dificuldades para sair unida na disputa do primeiro turno pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nas eleições de 2024. Esse cenário de desunião já perdura por 36 anos, desde a redemocratização do país com a promulgação da Constituição de 1988.

Desde as primeiras eleições desse período, realizadas no mesmo ano da publicação da Carta Magna, a esquerda tem demonstrado uma incapacidade de se unificar nas disputas municipais em Belo Horizonte. As eleições de 1988 marcaram o início dessa tendência, com legendas de esquerda, como o PC do B e o PCB, não se unindo ao PT, que lançou uma chapa pura com Virgílio Guimarães. O vencedor da disputa foi Pimenta da Veiga (PSDB).

Em 1992, o PT conseguiu um apoio mais amplo, com Patrus Ananias recebendo suporte de partidos como PSB e PC do B, mas o PDT de Leonel Brizola apoiou Aécio Neves (PSDB). Patrus venceu o segundo turno contra Maurício Campos (PL).

Mesmo quando a esquerda governava a cidade, a união no primeiro turno foi inexistente. Em 1996, Célio de Castro (PSB), então vice de Patrus, enfrentou Virgílio Guimarães (PT), com Célio saindo vitorioso. Em 2000, PSB e PT retomaram a parceria, reelegendo Célio de Castro, mas partidos como PSTU e PCO seguiram com candidaturas próprias.

A eleição de 2004 viu nova separação, com Fernando Pimentel (PT) ganhando o pleito, enquanto o PSB lançou seu próprio candidato. Em 2008, uma aliança entre PT e PSB levou Márcio Lacerda (PSB) à vitória, mas o cenário de desunião logo retornou em 2012, com PSB e PT novamente em lados opostos.

Em 2016, PT e PC do B uniram-se em torno de Reginaldo Lopes (PT), mas PSOL, PSTU e PCO lançaram candidatos próprios. Alexandre Kalil (PHS) venceu a eleição. Em 2020, a pulverização foi ainda maior, com Kalil conseguindo apoio do PDT e vencendo no primeiro turno, enquanto PT, PSOL, PCO e PSTU seguiram com candidaturas próprias.

Para as eleições de 2024, apesar de algumas aproximações, ainda não há definição quanto à formação de chapas unificadas dentro do campo político da esquerda. Rogério Correia, pré-candidato do PT, tenta uma aliança com Bella Gonçalves (PSOL), enquanto Duda Salabert (PDT) mantém conversas com Ana Paula Siqueira (Rede).

O calendário eleitoral estabelece que as chapas devem ser oficializadas entre 20 de julho e 5 de agosto, período destinado às convenções partidárias. A campanha oficial começa em 16 de agosto, dando início à corrida eleitoral que culmina em outubro.


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