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Prefeitos do Rio Grande do Sul cobram resultados de Paulo Pimenta

Autoridades locais reclamam da burocracia e da urgência para resolver problemas deixados pelas enchentes

Políticos do Rio Grande do Sul estão exigindo resultados do ministro da Reconstrução do estado, Paulo Pimenta, após um mês da criação da pasta. Prefeitos e membros da gestão do governador Eduardo Leite (PSDB) esperam soluções efetivas do governo federal para os problemas causados pelas chuvas.

Apesar da cooperação entre Leite e Pimenta para resolver as questões decorrentes das enchentes, há um clima de insatisfação entre os funcionários do Palácio Piratini.

Um dos pontos de tensão é o leilão de arroz proposto pelo governo Lula (PT), que pode prejudicar os produtores rurais gaúchos, responsáveis por 70% do arroz consumido no Brasil.

A questão habitacional é outro problema urgente, com milhares de desabrigados após a tragédia. O governador planeja construir 500 casas provisórias, mas enfrenta resistência do ministro das Cidades, Jader Filho.

O prefeito de Arroio do Meio, Danilo Bruxel (PP), criticou a falta de apoio habitacional ao jornal *O Globo*. Segundo Bruxel, o município aguarda R$ 44 milhões prometidos para a construção de 244 moradias, pois três bairros inteiros precisam ser realocados. “Estamos muito aflitos, porque temos 350 famílias em aluguel social, cerca de 200 famílias em espaços públicos e ginásios. Esperamos que agora, com o ministro Pimenta aqui, ele consiga agilizar as coisas”, declarou.

Em Caxias do Sul, o impacto na arrecadação é um dos maiores desafios. O prefeito Adiló Didomenico (PSDB) solicita reforço financeiro para que as prefeituras gaúchas possam se recuperar. Ele afirma que os recursos liberados até agora são insuficientes frente à queda de arrecadação do ICMS.

O prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), elogia Paulo Pimenta, mas reclama da burocracia. O município recebeu R$ 10 milhões do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), mas os gastos estimados são de R$ 110 milhões. “A burocracia é o que nos incomoda. Entendemos a necessidade do trâmite: tem que dar dinheiro e prestar contas, mas precisamos de imediato”, disse Pozzobom.

Canoas, a cidade mais afetada pelas enchentes, necessita de R$ 200 milhões para obras imediatas, mas até agora recebeu apenas R$ 10 milhões do FPM e outros R$ 10 milhões para obras.

Paulo Pimenta defende as ações de sua pasta, afirmando ter liberado R$ 473 milhões para 232 municípios. O ministro destaca que 20 planos de trabalho são aprovados por dia e os valores são empenhados nas contas das prefeituras. “Em três meses, quero estar com todos os projetos aprovados, que envolvem estradas, energia, conectividade, habitação e deixar o cronograma para reabertura do aeroporto encaminhado. Além de garantir o acesso ao auxílio reconstrução, pagamento de linhas de crédito às empresas e dois meses do auxílio salário mínimo aos trabalhadores”, afirmou Pimenta.


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