Na sexta-feira (15), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Polícia Militar (PMMG), deu início à segunda fase da operação Sombras, em Patos de Minas, no Alto Paranaíba mineiro. A ação foi desencadeada com o propósito de desmantelar um grupo criminoso especializado no tráfico de drogas e armas de fogo, com atuação na cidade e região. No total, nove pessoas foram detidas e 32 mandados de busca e apreensão foram efetuados, incluindo um em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Dos detidos, sete foram capturados em flagrante durante as buscas, enquanto outros dois foram presos em razão de cumprimento de prisão preventiva. Durante as diligências, as equipes policiais apreenderam duas armas de fogo calibre 9mm, munições, R$ 58 mil em dinheiro, drogas e celulares.
Os crimes investigados nesta fase estão relacionados a uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas e armas de fogo, que adquiria esses materiais do grupo detido pela Polícia Civil em 31 de julho de 2023, também em Patos de Minas e Uberlândia. As investigações remontam desde março de 2023 e, nessa etapa, visam identificar os núcleos responsáveis pela aquisição e comercialização dos materiais em Patos de Minas.
Na primeira fase, foram cumpridos 49 mandados de busca e apreensão em diversas cidades, resultando na apreensão de aproximadamente R$ 200 mil em ativos financeiros bloqueados, cinco veículos, R$ 32.129 em dinheiro, além de 5,3 kg de maconha, 1,5 kg de pasta base de cocaína, 30 munições e a prisão de 20 pessoas.
Durante as investigações anteriores, a PCMG e a PMMG já haviam apreendido mais de um quilo de pasta base de cocaína, mais de um quilo de maconha e quatro armas de fogo em posse dos suspeitos.
Segundo levantamentos de inteligência da Polícia Civil, os principais integrantes da organização criminosa são residentes de Patos de Minas, porém vivem em Uberlândia, onde adquirem drogas e armas de fogo para serem distribuídas no Alto Paranaíba. Após a transação, a droga é repassada a outros traficantes para comercialização, contando com a ajuda de colaboradores para armazenamento, transporte e entrega, além de pessoas que disponibilizam suas contas bancárias para as transações ilícitas.
“A operação representa um duro golpe na criminalidade regional, especialmente com a prisão preventiva dos dois principais líderes deste grupo criminoso e seus colaboradores em 2023. Hoje, a operação visa os diversos clientes desse núcleo”, esclarece o delegado Érico Henrique Rodovalho.
O nome “Sombras” dado à operação é uma alusão à forma como o líder do grupo agia: ele utilizava uma série de investigados e colaboradores, sem vínculos criminais diretos, enquanto controlava tudo à distância.
A ação contou com a participação de 61 policiais civis, com o apoio da Coordenação de Operações com Cães (COC) da PCMG, além de 63 policiais militares.
