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STJ mantém prisão de empresário delator da chacina de Unaí

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a execução provisória da pena de Hugo Alves Pimenta, empresário condenado a 27 anos de prisão por seu envolvimento na “Chacina de Unaí”. O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2004, na zona rural de Unaí, localizada no Noroeste de Minas Gerais. A decisão foi confirmada nesta quarta-feira (19/6) pela assessoria do STJ.

A Corte Especial do STJ rejeitou um recurso extraordinário apresentado pela defesa de Hugo Alves Pimenta. O objetivo da defesa era reverter uma decisão monocrática do vice-presidente do tribunal, ministro Og Fernandes, e pleiteava que a execução da pena ocorresse somente após o esgotamento dos prazos para apresentação de recursos. No entanto, o tribunal manteve a execução provisória da sentença.

A “Chacina de Unaí” resultou nos assassinatos de quatro funcionários do Ministério do Trabalho: os auditores fiscais Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, além do motorista Ailton Pereira de Oliveira. Eles foram mortos a tiros enquanto investigavam denúncias de más condições de trabalho em fazendas de feijão na região.

Condenações e Envolvimentos

Os irmãos Antério e Norberto Mânica, fazendeiros da região, foram condenados como mandantes do crime. Antério Mânica, ex-prefeito de Unaí, está preso desde setembro de 2023 e cumpre uma pena de 89 anos de prisão. Norberto Mânica, condenado a 100 anos de prisão, está foragido.

Além dos Mânica, outras quatro pessoas foram condenadas por participação nos assassinatos:

  • José Alberto de Castro
  • Erinaldo Silva (condenado a 76 anos)
  • William Gomes de Miranda (condenado a 56 anos)
  • Rogério Alan Rocha (condenado a 94 anos e preso em 28 de maio em Sergipe)

A decisão do STJ de manter a prisão de Hugo Alves Pimenta reforça a gravidade do crime e a continuidade das punições para os envolvidos. A “Chacina de Unaí” é um caso emblemático que destaca as consequências extremas da violência contra agentes públicos no exercício de suas funções e a luta contínua por justiça no Brasil.


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