Apesar das instruções de sua equipe para evitar mencionar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula continua a aludir ao seu rival político em seus discursos. Em uma recente entrevista à rádio CBN, Lula admitiu ter sido aconselhado a não citar o nome de seu antecessor.
Essa estratégia visa reduzir a polarização política, promover a pacificação nacional e destacar suas próprias realizações, baseada em pesquisas que indicam uma queda de popularidade quando ele critica diretamente seu adversário.
No entanto, mesmo sem mencionar Bolsonaro nominalmente, Lula fez declarações claramente dirigidas a ele, como durante eventos realizados no Ceará. Durante um deles, ao anunciar investimentos para institutos federais, Lula comparou a gestão anterior a uma “praga de gafanhotos”. Em outro evento, na entrega de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, ele reforçou essa metáfora, sublinhando as oportunidades perdidas e a necessidade de avançar com seus projetos.
Além disso, Lula mencionou a ausência de Bolsonaro em visitas ao ex-governador Camilo Santana no Ceará, destacando sua crítica à gestão anterior. Em entrevista à rádio Meio, no Piauí, Lula enfatizou que o governo anterior gastou significativamente em isenções fiscais e distribuições de dinheiro para se manter no poder, caracterizando-o como um projeto autoritário.
Essas declarações, segundo analistas políticos, mantêm a polarização como estratégia eleitoral, mesmo contra conselhos de sua equipe, usando a polarização como um fator decisivo para as eleições futuras.
