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Justiça britânica rejeita pedido da BHP para retirar vítimas de Mariana do processo

A Justiça britânica negou o pedido da mineradora australiana BHP Billiton para retirar mais de 33 mil vítimas do rompimento da barragem de Mariana do processo em curso na Inglaterra. O julgamento sobre a responsabilidade pelo desastre está agendado para iniciar em outubro deste ano.

A BHP alegou que o escritório Pogust Goodhead, representante das vítimas na ação, não tinha autoridade para atuar na justiça inglesa em nome delas. No entanto, o juiz do caso refutou os argumentos da empresa.

“Vidas foram devastadas, e é inaceitável que, quase nove anos depois, estas pessoas ainda não tenham recebido uma reparação completa e justa. As vítimas estão indignadas com a BHP”, afirmou Tom GoodHead, CEO do escritório.

Caso tivesse sido aprovado, o pedido da BHP teria reduzido o valor total da reivindicação, atualmente em R$ 230 bilhões, em 4%, ou aproximadamente R$ 9,45 bilhões.

Em nota, a BHP declarou que “a decisão desta semana abordou questões procedimentais e não discutiu o mérito das reivindicações contra a empresa. A audiência recente foi necessária para resolver dificuldades na obtenção de informações claras sobre como os autores formularam suas demandas em setembro de 2023.”

O processo na Inglaterra envolve também a Vale, marcando o julgamento de responsabilidade para começar em outubro deste ano, com previsão de duração de 14 semanas. Além disso, Vale e Samarco respondem a uma ação semelhante na Holanda pelo mesmo desastre.

O rompimento da barragem em Mariana ocorreu em 5 de novembro de 2015, causando a morte de dezenove pessoas e afetando mais de 500 mil, com o vazamento de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos na Bacia do Rio Doce, chegando até o Oceano Atlântico após percorrer o Espírito Santo.


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