Israel libertou dezenas de presos palestinos, incluindo o diretor do hospital Al Shifa na Cidade de Gaza, Dr. Mohamed Abu Salmiya, que havia sido detido em novembro. A libertação foi confirmada pelo ministro israelense da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, através das redes sociais, e pelo Exército israelense, que ainda está verificando as informações.
Os detentos foram transferidos para centros médicos em Gaza, com cinco deles sendo internados no Hospital dos Mártires de Al Aqsa, na cidade de Deir el Balah. Outros foram levados para hospitais em Khan Yunis.
Após sua libertação, Dr. Salmiya declarou que foi submetido a “graves torturas” durante a detenção, resultando em uma fratura no polegar. Ele afirmou que os prisioneiros sofrem todo tipo de tortura e muitos morrem em centros de interrogatório devido à privação de alimentos e remédios. Salmiya relatou que durante dois meses, os detentos receberam apenas um pedaço de pão por dia e foram submetidos a humilhações físicas e psicológicas. Ele também afirmou ter sido detido sem acusações.
Israel acusa o Hamas de utilizar hospitais para fins militares, uma acusação que o movimento islamista nega. A libertação do diretor do departamento ortopédico do Hospital Europeu de Khan Yunis, Dr. Basam Miqdad, também foi anunciada após meses de detenção.
Reações
No Hospital dos Mártires de Al Aqsa, houve cenas emocionantes de familiares abraçando os recém-libertados. No entanto, o ministro Ben Gvir criticou a libertação, afirmando que “a libertação do diretor do centro médico Shifa em Gaza, com dezenas de outros terroristas, é uma renúncia à segurança” em um post na rede social X.
