Com a criação do polo de fruticultura por lei estadual, a Zona da Mata busca consolidar um arranjo produtivo local (APL) reconhecido pelo Governo do Estado. Essa meta depende do envolvimento de produtores rurais, entidades de pesquisa e governança local.
Representantes desses setores e autoridades regionais participaram de uma reunião da Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em Visconde do Rio Branco. A audiência, solicitada pelo deputado Coronel Henrique (PL), autor da Lei 24.659 que instituiu o polo, contou com mais de cem participantes.
Fernando Barbosa, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, destacou a importância do reconhecimento formal do APL para garantir que políticas governamentais cheguem aos agricultores, promovendo oportunidades e capacitação. Deonir Luiz Dallpal, da Emater-MG, apresentou dados sobre a fruticultura na região, envolvendo 140 municípios e destacando produtos como goiaba, banana e manga.
Os participantes discutiram desafios como pragas, falta de mão de obra especializada e condições precárias das estradas. Jeferson Paes dos Santos, do IMA, ressaltou a importância da sanidade dos pomares, enquanto Ariane Castricini, da Epamig, enfatizou a necessidade de qualificação dos trabalhadores.
O Sistema Faemg Senar apresentou a Assistência Técnica e Gerencial (AT&G), que oferece suporte técnico gratuito a produtores, melhorando a eficiência financeira e técnica. Produtores locais, como Geraldo Teixeira Filho, destacaram os benefícios dessa assistência.
A Tropical Indústria de Alimentos (Tial) manifestou interesse em parcerias com produtores locais para reduzir a importação de frutas. O deputado Coronel Henrique reafirmou o compromisso com a diversificação da produção na região e destacou a importância de parcerias com universidades para o desenvolvimento da fruticultura na Zona da Mata.