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Servidores ambientais federais iniciam greve geral por tempo indeterminado

Na terça-feira, 2 de julho, servidores federais da área ambiental iniciaram uma greve geral por tempo indeterminado. A paralisação envolve funcionários do Ministério do Meio Ambiente (MMA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Serviço Florestal Brasileiro.

Os servidores estão reivindicando reestruturação de carreira, melhores condições de trabalho e novos concursos públicos. A greve ocorre em um momento crítico, com um recorde de incêndios no Pantanal, na Amazônia e no cerrado, e também interrompe o processo de licença para a exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, uma iniciativa desejada pela Petrobras e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A greve é resultado de uma série de negociações infrutíferas com o governo federal ao longo dos últimos oito meses. Em maio, a proposta do governo foi rejeitada pelos servidores. Em junho, uma contraproposta foi apresentada, mas também não foi aceita, levando ao fim das negociações e ao início da greve.

Servidores de 23 Estados e do Distrito Federal estão participando da greve. Estados como Acre, Pará, Paraíba e Rio Grande do Norte já estavam em greve desde 24 de junho, e agora outros 19 Estados se juntaram ao movimento.

Apesar da paralisação, algumas atividades essenciais continuam, incluindo fiscalização ambiental com atendimento emergencial, manutenção de 10% dos servidores no licenciamento ambiental em casos de emergência, e atendimento a demandas emergenciais em unidades de conservação.

A Associação Nacional dos Servidores de Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema) e a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef) afirmam que estão abertas a novas negociações para a reestruturação da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do Plano Especial de Cargos do MMA e do Ibama (Pecma). As entidades alegam que a intransigência do governo em dar continuidade às negociações está prejudicando a economia, a sociedade e o meio ambiente.


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