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Inflação pode voltar a preocupar com alta no dólar e tarifas de energia

O aumento das tarifas de energia e a recente depreciação do real são riscos significativos para o controle inflacionário no Brasil, complicando ainda mais a redução das taxas de juros. A partir deste mês, o acionamento da bandeira amarela pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) elevará as tarifas de energia, enquanto a desvalorização do dólar adiciona pressão sobre os preços.

Os ataques frequentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central e a recusa do governo em controlar despesas contribuíram para a alta do dólar, que já subiu mais de 3% nos últimos dias. A moeda americana passou de R$ 5,42 para R$ 5,59, refletindo preocupações com a instabilidade das contas públicas e outras incertezas.

Além disso, o acionamento da bandeira amarela pela Aneel resulta em contas de energia elétrica mais altas, o que afeta toda a cadeia produtiva. Esta é a primeira vez desde 2020 que a bandeira amarela é implementada, devido à previsão de chuvas abaixo da média e ao aumento da carga e do consumo de energia. O uso intensificado de termelétricas, que geram energia mais cara, está levando ao aumento das tarifas.

Impactos na Inflação e nas Taxas de Juros

Os juros futuros indicam uma possível alta na Selic até setembro de, pelo menos, 0,25 ponto percentual, o que elevaria a taxa básica de juros para 10,75% ao ano. Este movimento é em parte um prêmio de risco devido à instabilidade recente e aos desafios fiscais, mas também reflete uma preocupação com a potencial volta da inflação.

As expectativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) têm aumentado nas últimas semanas, com reajustes consecutivos para 2024. A depreciação do câmbio, que é mais rápida no Brasil em comparação com outros países emergentes, pressiona os preços de produtos importados, como trigo e tecnologia.


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