O Partido dos Trabalhadores (PT) está enfrentando desafios significativos para compor chapas para as eleições municipais deste ano, com a possibilidade de registrar o menor número de candidatos em capitais dos últimos 32 anos. De acordo com O Globo, o partido enfrenta dificuldades em assegurar vice-candidaturas e até mesmo candidaturas principais em alguns dos principais colégios eleitorais do país.
Razões para a Dificuldade:
- Cálculos Políticos: Os aliados do PT estão avaliando as eleições municipais com um olhar voltado para 2026. Há preocupações de que a presença de candidatos petistas possa impactar negativamente a busca por votos em futuras disputas estaduais e nacionais.
- Preocupações Eleitorais: Em capitais como Rio de Janeiro e Recife, o PT enfrenta resistência dos partidos aliados que preferem não ter petistas em suas chapas. Os prefeitos Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB) buscam reeleições e podem ter planos de disputar cargos estaduais em 2026, tornando a inclusão de um petista uma decisão arriscada.
Situação nas Capitais:
- João Pessoa: O PT foi excluído da chapa pelo prefeito Cícero Lucena (PP) e está considerando lançar candidatura própria com o ex-prefeito Luciano Cartaxo, apesar de haver resistência interna.
- São Luís: O partido ainda está tentando garantir a vaga de vice na chapa do deputado federal Duarte Júnior (PSB) e não tem um nome definido para o posto.
Declaração do Partido: O senador Humberto Costa (PT-PE), coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT, afirmou à O Globo: “Achamos que é fundamental que o PT tenha a vice e isso, inclusive, fortalece as chapas. Estamos em um processo de discussão e continuamos fazendo esse debate.”
Conclusão: O PT enfrenta uma maré adversa na formação de chapas para as eleições municipais, com desafios para garantir espaço e representação em algumas das principais cidades brasileiras. A falta de alianças e o receio de impactar futuras eleições são fatores que estão complicando a situação do partido.
