O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que o governo planeja cortar R$ 26,9 bilhões até o final de 2024 como parte da implementação do arcabouço fiscal, a nova regra de contenção de despesas. O anúncio foi feito após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros, incluindo Rui Costa (Casa Civil) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento).
Haddad explicou que os cortes foram resultado de uma revisão detalhada nos programas sociais, feita nos últimos 90 dias. “Identificamos R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias que serão cortadas após a comunicação dos limites orçamentários para 2025 aos ministérios afetados,” afirmou Haddad. A revisão foi descrita como um “pente-fino” nos benefícios dos programas sociais.
Alguns cortes podem ser anunciados no próximo relatório bimestral, previsto para 22 de julho. A comunicação oficial aos ministérios deverá ocorrer nas próximas semanas. Esses cortes são parte dos esforços do governo para cumprir o arcabouço fiscal e garantir um orçamento equilibrado para 2025.
As medidas visam também acalmar o mercado financeiro em meio à alta do dólar e às críticas do presidente Lula ao Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto. A equipe econômica enfrenta pressão para reduzir os gastos públicos e melhorar a confiança dos investidores.
