Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (16), reivindicando a recomposição das perdas salariais, valorização profissional e melhores condições de trabalho. A paralisação foi decidida em plenária nacional convocada pela Federação Nacional de Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps).
A Fenasps declarou que a proposta do governo não avançou significativamente e, em vez de fortalecer a carreira do Seguro Social, prolongou-a de 17 para 20 níveis e criou uma nova gratificação de atividade, insuficiente para cobrir as perdas salariais que ultrapassam 53%.
As demandas incluem a reestruturação das carreiras, cumprimento do acordo de greve de 2022, reconhecimento da carreira como típica de Estado, incorporação de gratificações, jornada de 30 horas para todos, e condições de trabalho adequadas. A Fenasps também alerta para a implementação da Instrução Normativa 24 (IN24), que aumenta a pressão para cumprimento de metas, com possíveis descontos salariais e processos administrativos.
O INSS conta com 19 mil servidores, sendo 15 mil técnicos e 4 mil analistas, com cerca de 50% ainda em trabalho remoto.
Proposta do Governo
O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos ofereceu um aumento acumulado de 24,8% entre 2023 e 2026, cobrindo as perdas inflacionárias atuais e parte das anteriores. A proposta inclui o prolongamento da carreira de 17 para 20 níveis, valorização do vencimento básico e criação de nova gratificação de atividade.
Impacto nos Serviços
O INSS informou que mais de 100 serviços podem ser acessados pela plataforma Meu INSS e pela Central de Atendimento 135. No entanto, a greve pode afetar a concessão de benefícios, como aposentadorias, pensões, Benefício de Prestação Continuada (BPC), atendimento presencial e análise de recursos e revisões. A perícia médica não será afetada.
