No sábado (20), ataques aéreos israelenses atingiram um porto no Iêmen, resultando na morte de pelo menos seis pessoas e ferindo várias outras, segundo fontes médicas locais. Os ataques foram realizados um dia após um ataque de drones pelo grupo Houthi, apoiado pelo Irã, em Tel Aviv, que matou um israelense de 50 anos.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que seus caças atacaram “alvos militares do regime terrorista Houthi” no Porto de Hodeidah, como resposta ao ataque em Tel Aviv. Este foi o primeiro ataque de Israel ao Iêmen, conforme autoridades israelenses.
A TV Al Masirah, controlada pelos Houthis, relatou que os ataques atingiram instalações petrolíferas, matando três pessoas e ferindo 87, a maioria com queimaduras graves. Segundo o porta-voz Houthi, Mohammed Abdulsalam, os ataques também danificaram alvos civis e uma estação de energia.
O porta-voz militar Houthi, Yehya Saree, prometeu retaliar os ataques israelenses, afirmando que continuarão a atacar “alvos vitais” em Israel até que a agressão pare e o bloqueio a Gaza seja levantado.
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que o porto de Hodeidah é usado para fins militares e para a entrada de armas fornecidas pelo Irã aos Houthis, e que a operação israelense demonstra a capacidade do país de responder a ameaças em qualquer lugar.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou profunda preocupação com os ataques e pediu que todas as partes evitem ações que possam prejudicar civis.
O incidente marca uma escalada significativa nas tensões regionais, com os Houthis realizando vários ataques de drones e mísseis contra Israel desde o início do conflito com o Hamas em Gaza.
Com informações adicionais da CNN.
