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Vídeo da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 removido após críticas a encenação de “Última Ceia”

O vídeo da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi removido do canal oficial das Olimpíadas no YouTube, após uma onda global de críticas à exibição. A decisão ocorreu no domingo, 28 de julho, e a gravação agora exibe a mensagem “este vídeo não está disponível”.

O evento de abertura, realizado na última sexta-feira (26), apresentou uma versão controversa da Última Ceia, uma famosa pintura de Leonardo da Vinci, recriada por drag queens. A performance também incluiu uma modelo trans e um cantor nu representado como o deus grego Dionísio. A encenação provocou intensos debates sobre respeito à fé cristã e gerou repercussão significativa nas redes sociais.

A Conferência dos Bispos da Igreja Católica da França criticou a encenação como um “escárnio” e uma “zombaria com o Cristianismo”, expressando pesar pelos cristãos que se sentiram ofendidos. A entidade também publicou uma nota, em X (anteriormente Twitter), destacando a preocupação com a provocação feita durante a celebração olímpica.

Além disso, a polêmica levou a uma reação direta do setor privado. A empresa de tecnologia C Spire anunciou sua decisão de retirar o patrocínio dos Jogos Olímpicos, alegando estar chocada com a “zombaria” durante a cerimônia. A companhia utilizou as redes sociais para manifestar seu descontentamento e justificar a retirada do apoio.

Reações Religiosas e Culturais

A cerimônia também gerou críticas internacionais, incluindo de políticos e líderes religiosos brasileiros. O pastor Renato Vargens e o pastor Anderson Silva manifestaram suas objeções, considerando a apresentação uma blasfêmia e uma zombaria com a fé cristã. Eles questionaram a escolha da temática e compararam com o tratamento de outras religiões, sugerindo um viés de intolerância.

Em contraste com a controvérsia, a atleta brasileira Rayssa Leal, que conquistou a medalha de bronze no skate street, utilizou a linguagem de sinais para expressar a mensagem “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” durante sua participação. Sua declaração viralizou nas redes sociais e gerou apoio entre os cristãos, destacando uma reação positiva em meio à controvérsia.

O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, defendeu a encenação, afirmando que seu objetivo era transmitir uma mensagem de amor e inclusão, não de divisão. No entanto, suas explicações não conseguiram mitigar o impacto negativo que a apresentação gerou.

Contexto e Proibições

A polêmica também gerou discussões sobre regras olímpicas. O surfista brasileiro João Chianca, conhecido como Chumbinho, foi impedido de usar pranchas com pinturas da estátua do Cristo Redentor devido às normas que proíbem manifestações religiosas nos Jogos Olímpicos. O COI reforçou que essas regras visam manter a neutralidade durante a competição.


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