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Suspeitas de fraudes abalam eleições presidenciais na Venezuela

DEMOCRACIA RELATIVA

As eleições presidenciais na Venezuela, realizadas no último domingo (28), estão envoltas em controvérsias e suspeitas de fraude. De acordo com uma pesquisa de boca de urna divulgada antes da contagem oficial, o candidato oposicionista Edmundo González liderava com uma vantagem significativa sobre o atual presidente Nicolás Maduro. No entanto, o resultado oficial divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) aponta para uma vitória apertada de Maduro, gerando dúvidas e protestos.

Pesquisa Boca de Urna Indica Vitória da Oposição

A pesquisa de boca de urna conduzida pela Edison Research revelou que Edmundo González, candidato da Plataforma Unitária Democrática (PUD), teria obtido 65% dos votos, enquanto Nicolás Maduro ficaria com 31%. A pesquisa consultou 5.464 eleitores em cem locais de votação e foi amplamente divulgada pelo site argentino Infobae. Caso esses números se confirmem, seria o fim de uma era de 11 anos de ditadura chavista e duas décadas e meia de governo socialista na Venezuela.

Resultado Oficial Diverge da Pesquisa

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou na madrugada desta segunda-feira que Nicolás Maduro venceu as eleições com 51,2% dos votos, contra 44,2% obtidos por Edmundo González, com 80% dos votos apurados. Elvis Amoroso, presidente do CNE, atribuiu a demora na divulgação dos resultados a um ataque ao sistema de transmissão de dados, embora não tenha fornecido detalhes adicionais.

A oposição, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, contesta o resultado. Machado afirmou que a vitória de González foi confirmada por atas que indicam uma diferença de 70% para o candidato da oposição, enquanto Maduro teria obtido apenas 30%. Ela pediu às Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) que respeitem a vontade popular expressa nas urnas.

Reações Internacionais

A situação gerou reações internacionais divergentes. O presidente argentino Javier Milei declarou que a Argentina não reconhecerá o resultado das eleições venezuelanas e pediu a saída de Maduro do poder. A chefe da diplomacia argentina, Diana Mondino, também expressou confiança na vitória da oposição, enquanto o presidente chileno Gabriel Boric pediu uma contagem transparente e fiel à vontade popular.

Por outro lado, o governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, optou por um caminho mais cauteloso. Celso Amorim, assessor internacional de Lula, destacou a participação expressiva dos eleitores e esperou que todos os candidatos respeitem os resultados finais. Amorim e sua equipe permanecerão em Caracas para observar o desdobramento da situação.

O Futuro da Democracia na Venezuela

As eleições na Venezuela estão longe de serem aceitas como legítimas por todos. As alegações de fraude e a contestação dos resultados ilustram a tensão contínua no país. O desfecho do pleito não apenas afeta o futuro político da Venezuela, mas também tem implicações para a estabilidade regional e as relações internacionais.

A situação permanece fluida, e o mundo aguarda a confirmação dos resultados e a reação da comunidade internacional, que continua monitorando de perto a crise política na Venezuela.


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