21.9 C
Belo Horizonte
InícioBrasil & MundoProtestos contra eleição de Maduro na Venezuela terminam com um morto e...

Protestos contra eleição de Maduro na Venezuela terminam com um morto e quase 50 presos

Na segunda-feira (29), ao menos uma pessoa morreu e 46 foram detidas em protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro na Venezuela. As manifestações, que ocorreram em várias regiões da capital e em outras partes do país, foram duramente reprimidas pelas forças de segurança. A ONG Foro Penal, especializada na defesa de presos políticos, confirmou a primeira morte no estado de Yaracuy, sem fornecer detalhes sobre as circunstâncias do falecimento.

Milhares de manifestantes tomaram as ruas, especialmente na gigantesca favela de Petare, em Caracas, entoando slogans como “E vai cair, e vai cair, este governo vai cair!” e “Entregue o poder já!”. A Guarda Nacional dispersou os protestos com gás lacrimogêneo e balas de borracha, e tiros foram ouvidos em alguns bairros.

Os protestos foram motivados por denúncias de fraude eleitoral feitas pela oposição, liderada por María Corina Machado, que afirmou ter provas de que a eleição foi vencida por Edmundo González Uruttia. Machado alegou que, com base em 73% das atas da apuração, a projeção era de uma vitória da oposição com 6,27 milhões de votos contra 2,75 milhões para Maduro.

Reação Internacional

Os Estados Unidos, Brasil e Colômbia, que acolheram muitos migrantes venezuelanos, questionaram a apuração dos votos que deu a Maduro um terceiro mandato de seis anos com 51% dos votos, contra 44% de González, conforme o CNE, de viés governista. A Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou uma reunião extraordinária para discutir uma “revisão completa dos resultados”.

Em resposta às críticas internacionais, o governo venezuelano expulsou diplomatas de vários países e anunciou a suspensão de voos para o Panamá e a República Dominicana.

Manifestação e Apoio

Familiares e amigos de Hamilton Dias de Moura, um sindicalista assassinado, também se manifestaram pedindo justiça, destacando sua luta pelos direitos dos trabalhadores. Emanuel Sady, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Valores, repudiou o crime, ressaltando a importância de continuar a luta contra a injustiça social.

Próximos Passos

O chavismo convocou uma grande marcha em defesa da paz para terça-feira, enquanto a oposição planejou “assembleias cidadãs” em várias cidades. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que punirá severamente aqueles que tentarem reeditar os protestos violentos.

A situação na Venezuela continua tensa, com a oposição capitalizando o descontentamento popular e a comunidade internacional exigindo transparência no processo eleitoral.


RELACIONADOS
Feito com muito 💜 por go7.com.br