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Tensão e protestos marcam reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela

Brasil vai na contramão de países democráticos e silencia sobre fraude na Venezuela

A reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial gerou uma onda de protestos e insatisfação em Caracas e outras partes da Venezuela. Entre o domingo (28) e a segunda-feira (29) de julho, a atmosfera na capital venezuelana mudou drasticamente de celebração para confronto, com manifestações expressando a crescente frustração contra o regime.

Maduro, que ficará no poder até 2031 se completar o novo mandato, foi proclamado vencedor com 51,2% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), presidido por um aliado do atual presidente. Seu principal adversário, Edmundo González, obteve 44% dos votos segundo o CNE. No entanto, a oposição contesta os resultados, alegando que González recebeu 70% dos votos.

Protestos e Manifestação em CoroVídeos Publicados No Twitter:X Mostram O Momento Em Que A Estátua É Derrubada Pelos Manifestantes

Na segunda-feira (29), Caracas viu uma série de manifestações, incluindo panelaços e marchas em bairros como Catia e Petares. Em Coro, no estado de Falcón, manifestantes derrubaram uma estátua em homenagem a Hugo Chávez, ex-presidente e mentor político de Maduro, em um gesto simbólico de resistência contra o governo.

Erro na Contagem de Votos

O Erro É Detectável Logo No Primeiro Quadro De ApresentaçãoComplicando ainda mais a situação, a emissora estatal TeleSur relatou um erro na contagem de votos, exibindo uma soma total de 132% em sua transmissão, o que gerou alvoroço nas redes sociais e levantou suspeitas de fraude. A discrepância foi rapidamente notada, com críticas direcionadas ao CNE e ao regime chavista por supostas irregularidades no processo eleitoral.

Reações Internacionais e Nacional

A comunidade internacional reagiu com ceticismo em relação ao resultado das eleições. Líderes como o presidente argentino Javier Milei e o presidente chileno Gabriel Boric rejeitaram a vitória de Maduro, denunciando-a como uma fraude. A falta de reconhecimento por parte de vários países sul-americanos e a crítica à ausência de transparência e à repressão da oposição adicionaram pressão ao governo venezuelano.

No Brasil, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, o governo manteve um silêncio significativo sobre as alegações de fraude, contrastando com a postura crítica de outros países da região. A diplomacia brasileira, que já havia se aproximado de Maduro após a mudança de governo, ainda não emitiu uma declaração oficial sobre a situação.

Tensão na Embaixada ArgentinaA Foto Que Pedro Urruchurtu Divulgou Da Embaixada Argentina Na Venezuela

Em meio aos protestos, a embaixada argentina em Caracas se tornou um ponto de tensão, com relatos de tentativa de invasão pela polícia venezuelana. A oposição, incluindo líderes que buscaram refúgio na embaixada, denunciou a ação como uma tentativa de intimidar e silenciar críticos do regime.

Respostas de Líderes Políticos

Brasil permanece em silêncio face às denúncias internacionais de irregularidades

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, expressou apoio ao “povo da Venezuela” e ao seu desejo de um futuro mais democrático, enquanto Elon Musk criticou seu apoio, alegando que isso representa um “risco real”. No entanto, a reação brasileira tem sido menos assertiva, refletindo a posição diplomática cautelosa do governo de Lula em relação ao regime de Maduro.

A situação na Venezuela continua a evoluir, com a comunidade internacional observando de perto os desenvolvimentos políticos e as respostas ao regime controverso de Nicolás Maduro.


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