Nesta terça-feira (30), Freddy Superlano, um dos principais líderes da oposição na Venezuela, foi preso pelas autoridades venezuelanas. A prisão foi anunciada pelo partido Vontade Popular (VP), ao qual Superlano pertence. Em uma publicação na rede social X, o partido denunciou a detenção e alertou sobre uma “escalada repressiva” em meio aos protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro.
“Devemos denunciar responsavelmente ao país que há poucos minutos foi sequestrado o nosso coordenador político nacional, Freddy Superlano”, afirmou o VP na rede social. A mensagem incluiu um vídeo que mostra o momento em que Superlano é detido pelas autoridades.
Manifestações Contra Maduro
A prisão de Superlano ocorreu em um contexto de intensos protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, que tem sido questionada tanto pela oposição quanto pela comunidade internacional devido a alegações de fraude eleitoral. As manifestações, que começaram na segunda-feira (29), resultaram em confrontos violentos, deixando pelo menos quatro mortos e 44 feridos, segundo informações de ONGs.
A Pesquisa Nacional de Hospitais, que monitora a crise hospitalar no país, relatou: “Registramos 44 feridos e 3 mortes”. Dois dos falecidos são de Aragua (centro) e um de Caracas. Estas mortes se somam à primeira relatada em Yaracuy (noroeste) pela ONG “Foro Penal”.
A situação na Venezuela continua a ser tensa, com a oposição denunciando a repressão crescente por parte do governo de Maduro. A prisão de Freddy Superlano é vista como mais um episódio de repressão política em um país já marcado por uma profunda crise econômica e social.