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Hacker da Lava Jato é condenado por calúnia contra Bolsonaro

O hacker Walter Delgatti Neto foi condenado nesta segunda-feira (29) pelo 3º Juizado Especial Criminal de Brasília a dez meses de prisão pelo crime de calúnia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A acusação de Delgatti, que alegou que Bolsonaro teria grampeado o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi considerada falsa durante depoimento na CPI do 8 de janeiro.

O juiz Omar Dantas Lima, responsável pela sentença, considerou comprovada a materialidade e autoria da calúnia, afirmando que Delgatti agiu com dolo ao fazer a falsa imputação em um contexto de alta visibilidade pública. Além da detenção, Delgatti foi condenado a pagar as custas processuais. Apesar da sentença, o juiz permitiu que ele recorra em liberdade, embora Delgatti já esteja preso por outro caso.

Atualmente, Delgatti está detido em Araraquara (SP), onde enfrenta processos relacionados a uma investigação sobre um suposto plano de invasão ao sistema do Poder Judiciário. Em abril de 2024, ele e a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foram denunciados por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e falsificar um mandado de prisão de Alexandre de Moraes.

Em 2019, Delgatti confessou ter invadido os celulares de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e do então juiz Sergio Moro, todos envolvidos na Operação Lava Jato.

O ex-presidente Jair Bolsonaro comemorou a sentença e reagiu no Twitter/X, afirmando: “Menos uma narrativa”. Ele destacou que as alegações do hacker sobre supostos grampos em Moraes foram “repletas de desinformações propositais”. A defesa de Delgatti anunciou que irá recorrer da decisão.


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