19 C
Belo Horizonte
InícioBrasil & MundoCentro Carter: Eleições na Venezuela não são consideradas democráticas

Centro Carter: Eleições na Venezuela não são consideradas democráticas

O Centro Carter, um dos principais observadores internacionais da eleição presidencial realizada no domingo (28) na Venezuela, divulgou um comunicado nesta quarta-feira (31) afirmando que não pode confirmar os resultados proclamados pelo Conselho Eleitoral Nacional (CNE) da Venezuela. A instituição, ligada ao ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, destacou que a falta de divulgação dos resultados detalhados por mesa eleitoral pelo CNE constitui uma grave violação dos princípios eleitorais.

Os apoiadores do governo defendem que o CNE ainda tem um prazo de 30 dias para publicar os resultados no Diário Oficial, conforme o artigo 125 da Lei Orgânica dos Processos Eleitorais. Além disso, o CNE alegou que um ataque hacker atrasou a divulgação dos dados.

Críticas do Centro Carter

O Centro Carter, que monitora eleições na Venezuela desde 1998, declarou que a eleição deste ano não atingiu os padrões internacionais de integridade eleitoral e violou diversos preceitos da legislação nacional. Problemas apontados incluem prazos curtos para registro de candidatos, poucos locais de inscrição, barreiras para venezuelanos no exterior, intervenções judiciais em partidos de oposição, e impedimentos à candidatura de opositores, como o caso de María Corina Machado.

O Centro Carter também criticou o desequilíbrio entre o candidato à reeleição, Nicolás Maduro, e os nove candidatos opositores no acesso aos meios de comunicação e aos recursos públicos.

Esforços dos Cidadãos e Falta de Transparência

Apesar das dificuldades, o Centro Carter reconheceu a vontade dos cidadãos venezuelanos de participar de um processo eleitoral democrático. No entanto, esses esforços foram prejudicados pela falta de transparência do CNE na divulgação dos resultados.

Histórico do Centro Carter na Venezuela

O Centro Carter foi convidado pelo CNE para observar as eleições presidenciais de 2014 e enviou 17 especialistas ao país. Em 2012, o sistema eleitoral venezuelano foi elogiado por Jimmy Carter como “o melhor do mundo”. No entanto, em 2021, o Centro Carter criticou as eleições municipais e de governadores, embora tenha confirmado a segurança do voto eletrônico.


RELACIONADOS
Feito com muito 💜 por go7.com.br