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Reeleição de Maduro aumenta temores de nova onda migratória na Venezuela

Após a reeleição de Nicolás Maduro, a Venezuela enfrenta um clima de incerteza e descontentamento, levando a temores de uma nova onda migratória. Cerca de 7,5 milhões de pessoas deixaram o país na última década devido à grave crise econômica e política, conforme dados da Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

José Vásquez, morador de Táchira, um estado venezuelano na fronteira com a Colômbia, expressa sua decepção e intenção de deixar o país. “Não se vê luz no fim do túnel. Estou indo embora”, diz ele, refletindo a frustração de muitos venezuelanos. Vásquez, que estudou Pedagogia mas trabalha como vendedor devido aos baixos salários dos professores, lamenta a situação. “Foi um roubo descarado”, comenta sobre a eleição, considerada fraudulenta pela oposição.

A empresa de pesquisa ORC Consultores estimou que 18% dos venezuelanos poderiam migrar nos próximos seis meses se Maduro permanecesse no poder, representando potencialmente 5,4 milhões de pessoas. San Antonio, um ponto de partida para migrantes que seguem a pé em direção aos Estados Unidos, pode ver um aumento no fluxo migratório. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, prevê que o número de venezuelanos atravessando a selva do Darién aumentará, ressaltando a necessidade de medidas para garantir a segurança dos migrantes.

Os governos de países como Chile e Peru já estão se preparando para lidar com um possível aumento na migração. A vice-presidente do Chile, Carolina Tohá, e o chanceler peruano, Javier González-Olaechea, expressaram preocupações e anunciaram reforços nos controles migratórios. Os Estados Unidos e outros países latino-americanos pediram transparência nas eleições venezuelanas, diante das denúncias de fraude.


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